Eu errei. Eu erro. Eu errarei.
Não tem jeito, isso é fato. Eu já cometi
vários erros durante esses dezesseis anos e pretendo sim continuar cometendo
outros. Sei lá, meu pai sempre diz que eu tenho que ir em busca da excelência em tudo que eu faço na minha vida. Tudo mesmo. É claro que eu quero melhorar,
evoluir, amadurecer. Mas tem certos erros que ensinam mais do que professores e
pais. Esses erros eu costumo chamar de Vida.
Eu tenho uma mania muito feia de me fechar
com quem eu deveria na verdade me abrir e contar meus males. Acho que isso é consequência
de várias preocupações ao mesmo tempo e em grande frequência. Só acho...
Inúmeras vezes eu já quis desabafar com quem eu considero parte do meu
dia-a-dia, com quem é o meu cotidiano. Mas, alguma coisa empaca tudo; faz com
que eu me prenda à aquela agonia aterrorizante me fazendo ir pra casa no final
do dia com mais um “problema” entalado na garganta e na cabeça. Eu não desejo
isso nem pro meu pior inimigo – na verdade eu desejo sim, inimigo tem que pagar
pelos seus atos do passado que ainda atormenta o nosso presente de uma certa
forma, mas isso não vem ao caso.
Eu sempre procurei esclarecer tudo para os
meus amigos. Abrir o jogo e não guardar rancores. Enfim, compartilhar meus
problemas e etc. Sempre tive repulso por gente – popularmente falando – falsa.
E quem diria, hein? Mesmo não me tocando acabei fazendo um papel (ridículo) de
uma legítima falsa com F maiúsculo. Sem nem perceber, achando que só
desabafando com alguém de confiança eu conseguiria me livrar um pouco do peso
de se sentir sozinha e excluída de um mundinho onde eu sempre fiz parte. É
estranho se sentir meio que trocada, sabe? Trocada não seria a palavra certa... mas só tem tu então vai tu mesmo!
Eu sou dessas que não se arrepende de nada
já dito. Uma vez me perguntaram se eu faria as coisas de um modo diferente, e
eu respondi que não. Tudo já dito, pensado, compartilhado, amado ou odiado na
minha vida foi fruto de sentimentos e dos MEUS sentimentos eu não abro mão
nunca! Sentimentos são coisas sérias, com eles não se brinca, não se maltrata.
Eu já me senti muito magoada, insultada e até mesmo rejeitada algumas vezes
durante a minha adolescência. Cresci ouvindo brincadeirinhas bestas sobre o meu
sotaque gaúcho – que teve que se esconder por muito tempo atrás de gírias cearenses
no meu vocabulário. Já passou diversas vezes pela minha cabeça que eu arruinei
a vida dos meus pais pela minha presença ter sido indesejada em 1997, por
mais que eles jurem que não, mas as brigas de hoje estão aí para jogar o passado
na cara de todos nós. Eu já fui odiada por ser quem eu sou entre essas
turminhas de quinta série (ou melhor, quinta categoria!). Assim como você
provavelmente já se decepcionou muito nessa vida, eu também.
Não quero fazer
draminha, só tô desabafando o que anda me atormentando.
Como eu disse, eu errei. Eu escondi minhas
dúvidas atrás de um teclado, disse hipóteses erradas que se passavam na minha
cabeça naquele momento “x” e ouvi conselhos tortos de quem só queria me ajudar mas que estava mais perdido
do que eu no meio desse vendaval. Eu não cheguei pra perguntar o que havia de
errado comigo ou com a gente, eu tive vontade mas o que houve de verdade foi
falta de oportunidade. Quando eu ia perguntar, o assunto já era outro e eu fico
meio encabulada em ter que voltar atrás enquanto todo mundo dá risada com a
nova conversa. Eu fui falsa sim, vendo desse ponto de vista, eu fui. Fiquei
chateada e confusa comigo mesma. Tipo, “Oi, quem é você e porque tá aqui dentro
pensando e falando com a minha mente, com os meus sentimentos e com meus
pensamentos?!”. Eu não me reconheci; como pode eu, que tanto odeio gente desse
tipo fazer isso comigo mesma? Se você está ai se perguntando o porquê, me avise
se o achar. Porque eu também não o encontrei!
Essas últimas semanas tão sendo
horripilantes pra mim, parece até que estou em um seriado onde a primeira
temporada nunca acaba. Esse ano tá passando muito devagar, só espero que uma
bela surpresa esteja me esperando no episódio final pra compensar toda essa
demora infernal.
Sobre semanas confusas... Acho que todas são um pouco, de um modo bom ou de um modo ruim. A gente pode viver todos os sentimentos, os bons, os ruins, os que a gente nem percebe. E lidar com isso tentando entender quem a gente realmente é, ou seja, somos falsos, julgadores, criticadores, irracionais, do mesmo modo que somos o contrário disso tudo ao mesmo tempo. E isso é normal. Somos humanos.
ResponderExcluirEspero que o final da sua temporada seja lindo e cheio de suspense e que a sua segunda temporada seja melhor ainda! :)
Beijos
BR
Resumiu tudo o que eu precisava ouvir! Muito obrigada, Erika <3
ExcluirApenas faço de suas palavras, as minhas, Di. Sério. Não estou passando por semanas muito boas, sabe? Na verdade, meses... Achei que estava entrando em depressão, mas pesquisei sobre o assunto e, pelos sintomas, apenas é tristeza profunda... Estou sendo melancólica, desculpe, não era essa a impressão que eu gostaria de passar pra você logo no primeiro comentário do BR. Desculpe. Apenas são tempos difíceis.. Tomara que melhore tanto pra você quanto pra mim. De verdade.
ResponderExcluirBeijinhos (BR)
www.november92.com
Agora sou eu que digo: Apenas faço de suas palavras, as minhas! Espero que tudo melhore pra gente. Esse também não era o post que eu queria que você encontrasse logo de cara assim que descobrisse o Nuveline... Mas de uma certa forma foi bom, pelo menos você se identificou. Espero de verdade que tudo melhore, Luuh! Beijos e obrigada viu?
ExcluirConcordo com você, viu. Sempre vamos errar. Buscar a excelência, não está nem perto de ser igual alcançar. No fim, ninguém está imune a erros.
ResponderExcluirO ano também está sendo bem difícil pra mim, mas, está acabando! Vamos torcer por boas surpresas!
Um beijo
www.kvcomvoce.com