Pode parecer bobo para uns e, totalmente compreensível, para outros. A verdade é que, em algum momento de nossas vidas, talvez por um breve ou longo tempo, nós iremos nos sentir uns babacas, uns merdas, uns nadas. Não negue, se negar vai ser pior. Acredite em mim. Abra os olhos e enxergue quem tu és. Aprecie essa confusão. Linda, não?
Outro dia, cá estava eu pensando com meus
botões – tá, a parte dos botões é mentira. Pensei muito sobre o quão
insuficiente eu me considero para os outros, mas o quanto me basto para si. Sei
não. Uns dizem que isso é loucura, que eu sou o tipo de pessoa rotulada como "legal" em todos os fatores. Ou quase todos. Loucura deles acharem que eu fui
louca de pensar essas loucuras todas pra nada, assim, do nada. Não adianta me dizer o
que eu devo fazer. Não adianta me falar se fiz algo certo ou se posso melhorar
e como fazer isso. Eu posso até correr atrás, tentar melhorar, posso até conseguir, sabia? Juro pra você. (Mas parece que vem um "porém" por aí). De nada adianta tentarem me ajudar se eu não parar de pirar
por conta própria.
Eu nunca me cobrei muito. Não que eu faça
tudo só por fazer e que seja desleixada com isso e aquilo. Mas digo, nos
estudos, por exemplo... Nunca fui de chorar por um dois. Na verdade, nunca
chorei por ficar de recuperação e nem quando reprovei em matemática – não que eu
seja uma vagabunda que não quer estudar para um dia ser alguém na vida. Não
mesmo! Aliás, muito pelo contrário. Eu estudo sim, comemoro quando tiro uma nota alta e fico meio "Poxa, sério que eu errei essa besteira?!". Acho que todo mundo é assim. Eu quero ser o tipo de gente que escreve, e
só. Obvio que não quero me limitar em algo, quero sempre mais, mas não acho que
a fórmula de Bhaskara me faria vender livros sobre comportamento.
Comportamento; pessoas; sentimentos; pensamentos; gente maluca: é disso que eu
tô falando e que quero continuar a falar. Quero ajudar pessoas e através disso,
ajudar eu mesma resolvendo meus próprios futuros e presentes problemas do
coração. E os da cabeça também. Os passados eu deixo lá onde estão, escritos e
muitos já solucionados. O resto que sobrou deixa lá também, ninguém nunca
precisou de cacos para seguir em frente.
Agora voltando ao tópico "Me acho
insuficiente"...
Talvez o meu problema mental vá muito mais
além da minha cabeça. Sou tão contraditória que chega a ficar chato, mas eu
juro como tudo isso não passa de uma linha tênue entre um momento de drama e a
minha mente psicodélica. Eu estou cansada de saber, sim, que a gente tem que
viver pra gente e não para os outros, do tipo ninguém mesmo. Não confunda as
coisas, não pense que eu me importo em ser suficiente para o mundo. Mas não
vamos ser hipócritas, quando você conhece alguém, denominado como legal, é
claro que você se esforça para ser você mesmo e automaticamente, para ser no
mínimo, suficiente – porque depois você quer ser mais, quer ser e se sentir super,
hiper, mega suficiente para ele(a); Eu sei, colega, estamos juntos nessa.
A real é que eu me sinto tão bem comigo
mesma que acabo me preocupando às vezes em ser tão boa assim com quem eu amo, e
que me ama. Beleza, ai você me diz “Mas se há reciprocidade, então você não tem
com o que se preocupar”. A meu ver, tenho sim. Eu me conheço muito bem. Posso ter me
descoberto por completo há poucos anos, mas isso já é algo. Agora, e ele? Será
que me conhece? Estou sendo eu mesma desde o primeiro olhar, sem dúvida alguma.
Mas no fundo, será que só isso basta? Tento me encaixar na vida de quem convive
comigo, tento ajudar em tudo que posso, até nos conselhos mais doidos no meio
dos problemas mais absurdos e loucos. Sou desde professora até psiquiatra em
sessões que podem durar de dez minutos à madrugada inteira no WhatsApp. Acredite
se for capaz, dou meus conselhos dignos de filosofia de boteco para um amigo que
é psicólogo. Louca eu de querer ensinar o padre a rezar a missa, ou louco ele
de seguir os conselhos de alguém que nem a faculdade de psicologia frequentou?
Okay, abri três tópicos em um assunto só:
1) Sobre eu me sentir insuficiente; 2) Sobre eu não estar nem aí pra matemática
e sim para os sentimentos, valores e maluquices do mundo inteiro; 3) Sobre eu
saber que tenho a capacidade de dar conselhos dignos de um filósofo para quem
precisar ouvi-los, mas não saber seguir os meus próprios.
1) Sou mais do que suficiente pra mim. E pra você não dizer que eu não sou humilde: tenho certeza de que quero aprender mais sobre a vida e agregar mais valores ao meu conteúdo lendo livros e ouvindo pessoas que tenham algo sábio a me ensinar, mesmo que seja de uma maneira bem boba.
2) Continuarei não dando a mínima para a formula Bhaskara. Fim.
3) Conversarei sozinha mais vezes.
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