19/02/2014

1001 pessoas que eu conhecerei antes de morrer


Eu tenho dezesseis anos e já conheci bastante gente nessa vida. Foi gente demais que trouxe de menos, gente de menos que durou demais, e vice versa. Sou grata a todas as decepções e realizações que essas pessoas me proporcionaram. Sério. Sou grata por tudo, pelas coisas ruins e pelas boas, Pelos choros e pelas risadas. Por tudo mesmo. 

Vivo me perguntando o quão sozinha no mundo eu sou, e o quanto de pessoas legais eu tenho ao meu redor. Não estou falando que não tenho ninguém com quem contar quando precisar, disso eu tenho, ainda bem, amém. Tô falando que embora eu tenha todo o apoio do mundo vindo da minha família e amigos nas minhas decisões, eu estou sozinha. Você aí também, não se iluda! Nós todos somos sozinhos. Qual é, vai dizer que não? 

A gente nasce e morre só. Podemos nascer com um, dois, três ou sabe-se lá quantos irmãos gêmeos, assim como também podemos morrer acompanhados por alguém ou alguns. Isso não muda em nada: Sempre estaremos sozinhos. A vida que você vive mais ninguém pode viver. O teu colega do cursinho de inglês pode morar no mesmo prédio que você, estudar na mesma escola que você, ser da mesma classe social que você e frequentar a mesma academia que você. Mas ele nunca, em hipótese alguma, viverá a mesma vida que você. Somos únicos no mundo. Podemos ser infinitos ou vácuos. Isso não importa, ninguém mais será como nós somos.  

Podemos encontrar aquela alma gêmea, o amor da nossa vida ou o melhor amigo(a) que tanto pedimos à Deus. Podemos ter os mesmos gostos e sotaques, os mesmos princípios e conceitos, mas nunca teremos os mesmos valores. Sabe por quê? Porque somos diferentes, e ser diferente significa não ser igual. Obvio, não? 

Meu pai sempre diz que eu devo ler livros de autoajuda ao invés de romances e dramas. Acho que ele nunca percebeu que todo livro trás uma autoajuda em cada personagem. Personagens são como pessoas, neles há sentimentos, sonhos e medos. Eles erram. Pessoas erram o tempo inteiro. Eles ensinam, ajudam. Sou grata à todos os autores que existem nesse mundo por deixarem que nós, leitores, invadam seus mais profundos pensamentos e sentimentos muitas vezes insanos. Obrigada por me ensinarem tanto e por fazerem de mim uma mulher melhor à cada leitura. 

"Pessoas são como livros." Provavelmente você já deve ter ouvido ou lido essa frase antes. Ela faz todo o sentido. É coerente, seu significado anda de mãos dadas com a razão. Pessoas escondem os mais loucos amores, os mais sombrios pensamentos e as mais difíceis decisões. Crianças, jovens, adultos e idosos: são todos livros com espessuras, capas e histórias das mais variadas formas e intensidades. 

Quero lembrar de no mínimo mil e uma pessoas pelas quais transitaram ao longo da minha vida. Pessoas que assim como eu caminham pro final da sua jornada tentando fazer o certo do seu próprio jeito meio torto. 

Eu quero um dia ser palavra admirada e gravada na memória de pessoas estranhas que assim como eu sonham em conhecer seu escritor preferido. Quero estar bem velhinha quando a crônica da pessoa 1001 for escrita. E quando eu morrer quero que alguém junte todas as mil e uma histórias e publique-as em um livro com o título "As 1001 Pessoas Que Ela Conheceu". Eu quero ser lembrada. Quero ser capa, papel e palavra.

4 comentários:

  1. Então, me da um autógrafo antecipado, pq esse livro eu comprarei *-*
    Cara cada dia que passa tu arrasa mais, parabéns! *-* / mírian magalhães.

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    1. Awwwwwn, me abraçaaaa <3 Cara, dá vontade de chorar lendo isso, na boa! Obrigada Mírian, saudades de ti!

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  2. Realmente nós sempre estamos sozinhos independente de quantas pessoas estão ao nosso redor e eu acho que isso bom, porque é nossa solidão que a gente se reinventa, cria novos sonhos, etc. E o fato de sempre conhecermos pessoas novas só aumenta as experiências e as histórias que um dia iremos conta, ou escrever. =D

    Beijos
    lucidezfeminina.blogspot.com.br

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